domingo, 28 de junho de 2009

"Como Identificar os vários estilos de aprendizagem e utilizá-los como facilitadores da construção do conhecimento"

Resumo por Lúcia Rodrigues


"Como Identificar os vários estilos de aprendizagem e utilizá-los como facilitadores da construção do conhecimento" - Daniela Melaré Vieira Barros


O grande desafio das organizações atualmente é atrair e reter colaboradores, clientes, fornecedores e transformá-los em parceiros e criadores de conhecimento. Mas para que isso aconteça é preciso que seja estruturada sob medida para as necessidades específicas de cada individuo envolvido no processo e também valorize suas competências e habilidades e que possibilite a efetividade na comunicação e na colaboração.
Para facilitar a aprendizagem no ambiente empresarial, com qualidade e escala as empresas têm, portanto um grande desafio que é desenvolver cursos que atendam o maior número de pessoas específicas, segundo suas habilidades e competências para atingir metas especificadas com eficácia, eficiência e obtendo também satisfação em um contexto de utilização.

Torna-se, portanto fundamental que a empresa conheça e identifique qual o estilo de aprendizagem predominante em cada indivíduo e direcione a criação do projeto pedagógico segundo estes parâmetros que irá possibilitar a ampliação do que consideramos como formas de aprender, de acordo com as competências e habilidades pessoais do indivíduo.

Estilos de Aprendizagem

A teoria dos estilos de aprendizagem contribui muito para a construção do processo de ensino e aprendizagem na perspectiva das tecnologias, porque considera as diferenças individuais e é flexível, o que permite estruturar as especificidades voltadas às tecnologias.

Os estilos de aprendizagem de acordo com Alonso e Gallego (2002), com base nos estudos de Keefe (1998) são rasgos cognitivos, afetivos e fisiológicos, que servem como indicadores relativamente estáveis de como os alunos percebem, interagem e respondem a seus ambientes de aprendizagem.

Conforme Alonso e Gallego (2002) existem quatro estilos definidos: o ativo, o reflexivo, o teórico e o pragmático.

  • Estilo ativo: valoriza dados da experiência, entusiasma-se com tarefas novas e é muito ágil;
  • Estilo reflexivo: atualiza dados, estuda, reflete e analisa;
  • Estilo teórico: é lógico, estabelece teorias, princípios, modelos, busca a estrutura, sintetiza; Estilo pragmático: aplica a idéia e faz experimentos.

Kolb (1981), Alonso e Gallego (2002) destacaram que a forma de aprender é fruto da herança que trazemos, das experiências anteriores e das exigências atuais do ambiente. Para ele, cinco forças condicionam os estilos de aprendizagem: o tipo psicológico, a especialidade que o indivíduo está em relação a sua profissão, a sua carreira profissional e as exigências que elas trazem, o posto de trabalho ao qual está vinculado e a capacidade de adaptação ao posto que estiver ocupando, que exige determinada competência.

Essa teoria não tem por objetivo medir os estilos de cada indivíduo e rotulá-lo de forma estagnada, mas, identificar o estilo de maior predominância, partindo dessas idéias e das análises de Kolb (1981), Honey e Mumford (1988), Alonso e Gallego (2002) elaboraram um questionário e destacaram um estilo de aprendizagem que se diferenciou de Kolb em dois aspectos: as descrições dos estilos são mais detalhadas e se baseiam na ação dos diretivos; as respostas do questionário são um ponto de partida e não um fim, isto é, são um ponto de diagnóstico, tratamento e melhoria.

O questionário dos estilos de aprendizagem pode ser aplicado em diversas situações de aprendizagem, independente da área ou conteúdo a ser desenvolvido. Também destacamos que o teste identifica como já foi afirmado somente à tendência de aprendizagem caracterizada para aquele momento, podendo ser flexível de acordo com o desenvolvimento pessoal. O questionário está disponível em: www.estilosdeaprendizaje.es.

Referências:

Revista SBGC - nº 6, fev.2008 artigo 2.
ALONSO, C. M.; GALLEGO, D. Aprendizaje y ordenador. Madrid: Dykinson, 2000. ALONSO, C. M.; GALLEGO, D. J.; Honey, p . Los estilos de aprendizaje: procedimientos de diagnóstico y mejora. Madrid: Mensajero, 2002.